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Edificios e Monumentos
A Casa nobre que se estende em direcção á Praça, vulgarmente conhecida por Solar dos Condes da Guarda, encontra-se muito modernizada, excepção feita apenas á armação da capela que lhe está anexa. Não deixa, contudo, de ser um edifício muito elegante, que se harmoniza de certa forma com a arquitectura envolvente. Apesar disso, o facto de se encontrar abaixo do nível da estrada, que subiu quando esta foi construída, retira-lhe algum brilho, passando mesmo despercebida a quem passa por ali.
Situa-se ao lado da Igreja, é uma casa datada do ano de 1828, diferente do restante conjunto devido à sua varanda coberta, vulgarmente designada por marquise, que ostenta ornatos muito curiosos em madeira, entre as telhas e a cobertura.
Na padieira da porta principal e da porta da sacada frontal existe um acanto esculpido em granito que decora estas entradas.
A Igreja tem, como seria de esperar, um carácter predominante e de destaque, quer pelo que representa, quer pela localização escolhida para a sua construção. A quem se aproxime de Vila Cova, vindo de Côja, a primeira silhueta do horizonte, o primeiro sinal de povoação, a primeira de boas vindas é dada pela Igreja Matriz.
Este templo foi construído no início do século XVIII, como atesta uma inscrição na sua fachada com a data de 1712.
O portal do templo é de vão rectangular e é acompanhado de pilastras com alto remate em forma de nicho. Tem quatro janelas com frontão e a linha de empena apresenta-se cortada pelo pedestal da cruz. Quanto a capelas, tem uma Capela – Mor e duas abertas no corpo. Bem fornecida de cantarias é de torre única, uma característica de muitas das igrejas e capelas do concelho. Os seus retábulos são da primeira metade do século XVIII, de estilo nacional. O seu orago á Nossa Senhora da Natividade.
A reconstrução, ocorrida em 1952, levou a alterações na torre da igreja, retirando-lhe o varandim que se situava no seu topo, em harmonia com o conjunto arquitectónico constituído pelo adro, e construindo o coruchéu que hoje podemos observar. Este, ao que consta, era o aspecto primitivo da torre.
A Igreja da Misericórdia é da mesma época da Igreja Matriz e tem um porte que domina a Praça onde se encontra. O seu estado degradado levou, inclusivamente, á destruição total do interior; não escondendo, porém, a beleza das suas cantarias.
A sua frontaria barroca, do século XVIII, exibe duas zonas, uma delas rectangular, que enquadra o portal com pilastras ladeadas de aletas. O frontão é interrompido por um óculo quadrilobado.
A empena, tal como o frontão, é interrompida por um nicho que ainda ostenta uma escultura da Virgem com o Menino, datada do século XV-XVI.
O Convento de Santo António, hoje propriedade particular, (á excepção da Igreja), é um dos monumentos religiosos importantes de Vila Cova do Alva, insere-se em termos religiosos, na província da Imaculada Conceição, que resultou da divisão da Província de Santo António em duas, em 1706.
Este edifício, um espaço de meditação e reflexão, cujo ambiente ainda se respira nas suas paredes e corredores, tem a sua maior elevação no claustro do século XVIII, divide-se em duas partes distintas: a Igreja, que possui no seu interior retábulos de estilo nacional, semelhantes ao da Igreja Matriz mas mais perfeitos, um órgão com elementos Rococó, entre outros pontos de interesse, e o edifício conventual, muito transformado, mas onde ainda se pode observar restos da Sala do Capitulo, do Refeitório, do Dormitório e o Claustro, de cinco vãos e pequenas dimensões, cujo piso térreo ainda se mantém intacto. Este é constituído por colunas da ordem toscana que assentam num muro.
A primeira pedra do Convento foi lançada a 21 de Setembro de 1713, pelo Bispo de então, Senhor António Vasconcelos e Souza. A chegada dos religiosos acontece, porém, um ano antes, em 19 de Março de 1712, com o objectivo de construir o edifício. Este terá sido concluído em 24 de Fevereiro de 1723, data em que se transladou o Santíssimo Sacramento, acompanhado pelos religiosos, para o Convento. A razão pela qual se terá construído este Convento em Vila Cova de Alva ainda está por explicar, embora se apontem algumas condições que terão concorrido para esta edificação: a proximidade de outras duas comunidades religiosas, em Folques (com o Mosteiro dos Crúzios) e em Vila Pouca da Beira (com o Convento de Franciscanos), a existência de uma vida religiosa mais ou menos intensa, as condições atmosféricas e hídricas, entre outras. Igualmente, é de considerar a construção deste convento para albergar frades de alguma idade.
Usando o granito como material de construção, o Pelourinho manuelino de Vila Cova ergue-se na Praça que lhe herdou o nome, uma recordação do poder administrativo que a vila já teve.
O Pelourinho é de fuste octogonal, rematado em agulha quadrangular ornamentada. Pela voz do povo circula uma história que, embora pouco credível, assume alguns contornos de imaginário que só as gentes portuguesas conseguem delinear. Um orifício no fuste do Pelourinho serviria, segundo populares, para amnistiar os criminosos que, fugindo da lei, ali conseguissem chegar e enfiar o dedo no orifício.
Embora sui generis, esta explicação pouco ou nada terá de verdade.
É mais credível que o orifício ali se encontra pelo desaparecimento de um qualquer ferro que teria sido colocado no fuste para permitir o acorrentar dos criminosos.